Boa tarde meninas, venho aqui para explicar a minha situação e para ouvir as vossas opiniões, pois sinto-me meio anestesiada. O meu marido há uns anos foi diagnosticado com ansiedade e toma medicação para isso e sempre foi uma coisa controlável. Entretanto fomos pais, o menino agora tem 2 anos e desde há um tempo para cá que a saúde mental do meu marido se tem vindo a deteriorar ao ponto de eu já não o reconhecer. Quando o nosso filho tinha cerca de 6 meses o meu marido tropeçou nas escadas e partiu o pé, não precisou de ser operado, apenas colocou a bota própria para o osso ir ao sítio. No entanto até hoje ele sente dores no pé em certas alturas (quando esforça muito ou quando está mais frio por exemplo), não uma coisa insuportável mas uma dor chata segundo ele. Para essas dores foi-lhe receitado um comprimido bastante forte que é o Tramadol. Tudo bem até aí, mas havia certas alturas em que ele bastava sentir uma dorzinha no pé e ia logo tomar aquilo( eu sei que a dor não se mede e só ele sabe o quanto doía , mas na minha opinião aquilo sendo tão forte seria apenas para tomar em caso de dor forte mesmo, antes disso devia ser preocupado outro tipo de alívio como repouso por exemplo antes de passar a essa opção). Apesar de sentir bastantes dores segundo ele, nunca quis fazer qualquer tipo de exame ao pé, limitava-se a tomar medicação e pronto. Agora já há uns meses que não toma o dito tramadol, mas o que ele faz é tomar 2 paracetamol e de 1g quando tem dores no pé, mesmo sabendo que aquilo não lhe faz efeito continua a tomar constantemente.
O que me levou a fazer este tópico é que , como eu disse anteriormente já não conheço o meu marido: está agressivo, explode com imensa facilidade, tem reações agressivas quando as coisas não correm como quer e sinceramente começo a pensar que isto deve-se ao excesso de comprimidos que anda a tomar (neste momento os da ansiedade e os 2 paracetamol quando tem dores) e juntando a isto vai sempre ao café beber a sua cervejinha.
Há uns dias aconteceu uma situação que me assustou bastante e não sei o que fazer: nós encomendamos uma cama para nós através do site da worten , ela veio e não a montamos logo, só agora há uns dias foi para a montar e reparou que a cama veio incompleta. Em vez de fazer como uma pessoa normal e ir ao dito sítio onde a encomendou resolver a situação ligou-me completamente descontrolado aos berros que eu tinha mandado vir uma cama incompleta e que agora íamos ficar sem o dinheiro da cama porque já passou muito tempo desde que a compramos, e que ele tava ali a trabalhar e eu não estava ali, falou mal com a minha mãe ao telefone, etc etc. Estava lá com ele um amigo nosso que o estava a tentar acalmar. Cheguei a casa com o menino , estava ele de saca rolhas na mão a dizer ao amigo que ia haver facada na worten sem se preocupar com a presença da criança e quando confrontado disse que ela ainda não percebia o que estava a acontecer.
Entretanto fomos todos resolver a situação e depois de resolvido no caminho para casa comecei a confrontá-lo com as atitudes que ele estava a ter ultimamente, que me estava a esforçar e precisava também que ele se esforçasse. Mal acabo de dizer isto descontrola-se novamente e começa a aos gritos a bater com toda a força no tablet do carro isto tudo na presença do filho) e sai do carro batendo a porta com força. Claro que depois disto peguei no menino e fui para casa de uns amigos nossos e dormi lá. No dia seguinte pedi-me desculpa…. Sinto-me verdadeiramente preocupada com o ambiente em que o meu filho está a viver e já pensei em ir embora, mas ao mesmo tempo sei que isto se deve a tudo o que falei anteriormente, pois até há uns 2 anos atrás ele não era assim (estamos juntos há 9). Não estou a saber lidar com isto
Signs, desejo-lhe muita força para lidar com a situação.
O tramadol é um opioide e parece-me que existe aí um quadro de adição. A agressividade e a violência podem ser sintomas de abstinência.
Algumas pessoas são mais vulneráveis a sofrer de transtornos de comportamento pelo uso de opioides, como é o caso de indivíduos com ansiedade.
O seu marido tem de receber ajuda especializada com urgência. Se ele voltar a ter outro episódio violento, ou até mesmo se o sentir hostil, pegue no menino e vá para casa de um familiar ou amigo.
Para além do que já foi dito, convém avisar o seu marido que não pode tomar 2 comprimidos de paracetamol de 1g! É muito pior do que tomar 1cp de tramadol! Está a tomar metade da dose letal de paracetamol repetidamente, juntando aqui a cervejinha, é muito provável que a função hepática do seu marido esteja alterada.
É pertinente fazer análises para despiste de causa orgânica para essa alteração de comportamento e caso esteja tudo bem, deve ser avaliado por psiquitria.
Muita força🍀
Bom dia.
Concordo com tudo o que já foi dito. Acho que o marido está com sintomas de abstinência e descompensado. Não me parece, de todo, um ambiente saudável e seguro para o pequenino.
Também não sei como obrigar, nem que seja de forma compulsiva, a levar o marido ao psiquiatra, pois não me parece que esteja em fase de ir voluntariamente. Não sei quais são os procedimentos para isso, nem sei como ajudar.
Também concordo com o que já foi dito... Ao próximo episódio, tirar o menino de casa para o resguardar. Depois, pode focar-se no marido. Ele precisa, claramente, de ajuda... Mas pode ter de equacionar o que vai fazer se ele não a quiser. Tem uma luta dura pela frente para a qual todos temos os nossos limites. Só lhe posso desejar a maior força possível.
Olá! Primeiro que tudo, fizeste muito bem em partilhar o que estavas a passar! Não deixes que essa situação passe a normalidade e não te isoles! Ele precisa de ajuda mas tu também precisas, para lidar com esta situação! Não deixes que piore! Fala com alguém que te possa apoiar, pergunta ao médico de família, por exemplo! O meu companheiro também mudou o seu comportamento quando o primeiro filho nasceu, estavamos juntos à 10 anos, as coisas nunca melhoraram. Não saio de casa porque não tenho para onde ir e não quero que os meninos fiquem sem pai e por isso aturo muitas coisas, é muito difícil! Calo-me, porque se disser alguma coisa vem drama, não vale apena, já não quero nada com ele... Por isso dou-te este conselho, procura ajuda agora! Beijinhos e boa sorte! Olha por ti!
Olá! Primeiro que tudo, fizeste muito bem em partilhar o que estavas a passar! Não deixes que essa situação passe a normalidade e não te isoles! Ele precisa de ajuda mas tu também precisas, para lidar com esta situação! Não deixes que piore! Fala com alguém que te possa apoiar, pergunta ao médico de família, por exemplo! O meu companheiro também mudou o seu comportamento quando o primeiro filho nasceu, estavamos juntos à 10 anos, as coisas nunca melhoraram. Não saio de casa porque não tenho para onde ir e não quero que os meninos fiquem sem pai e por isso aturo muitas coisas, é muito difícil! Calo-me, porque se disser alguma coisa vem drama, não vale apena, já não quero nada com ele... Por isso dou-te este conselho, procura ajuda agora! Beijinhos e boa sorte! Olha por ti!
Um conselho, quando puder saia de casa, os seus filhos ficam melhor com os pais separados do que a viver num ambiente infeliz e pouco respeitador! Não ponha esse peso sobre eles. Não viver na mesma casa não é ficar sem pai! Sou filha de pais divorciados, não gostaria nada de ouvir dizer que tinham vivido infelizes por causa de mim!
Obrigada Anuski pelo conselho, mas como faço isso? Ele já disse por várias vezes e a frente deles que nunca mais os vê, embora esteja sempre a dizer que se não estou contente que saia, que já me mandou embora várias vezes! Não sei se quer mesmo que vá!? Trabalho part-time, para levar e buscar as crianças à escola, sou sempre eu a tomar conta delas. O dinheiro que ganho não dá para uma casa. Vivo em Inglaterra, uma casa com 1 quarto custa acima de 750 libras (888€)! Ganho 1000! Como fez a tua mãe, com quem ficaste? Não sofreste também com o processo? Os meus filhos gostam muito quando fazemos alguma coisa todos juntos, quando vamos acampar, por exemplo...
já pensei em falar com a nossa médica de família sobre isso. Mas o que poderá a fazer? O ele tratar-se adequadamente tem que partir dele e não sei mesmo como o fazer ver isso. Até já o assustei dizendo que ele está a fazer o filho passar exatamente o que ele passou (ele foi retirado á mãe em pequeno por a mesma ser desiquilibrada) e se uma cpcj sonha que o menino está neste ambiente pode ter a certeza que ficamos sem ele… o que ele me responde é que quem lhe dera a ele ter tido aquilo que o filho tem neste momento. Olá! Primeiro que tudo, fizeste muito bem em partilhar o que estavas a passar! Não deixes que essa situação passe a normalidade e não te isoles! Ele precisa de ajuda mas tu também precisas, para lidar com esta situação! Não deixes que piore! Fala com alguém que te possa apoiar, pergunta ao médico de família, por exemplo! O meu companheiro também mudou o seu comportamento quando o primeiro filho nasceu, estavamos juntos à 10 anos, as coisas nunca melhoraram. Não saio de casa porque não tenho para onde ir e não quero que os meninos fiquem sem pai e por isso aturo muitas coisas, é muito difícil! Calo-me, porque se disser alguma coisa vem drama, não vale apena, já não quero nada com ele... Por isso dou-te este conselho, procura ajuda agora! Beijinhos e boa sorte! Olha por ti!
Obrigada Anuski pelo conselho, mas como faço isso? Ele já disse por várias vezes e a frente deles que nunca mais os vê, embora esteja sempre a dizer que se não estou contente que saia, que já me mandou embora várias vezes! Não sei se quer mesmo que vá!? Trabalho part-time, para levar e buscar as crianças à escola, sou sempre eu a tomar conta delas. O dinheiro que ganho não dá para uma casa. Vivo em Inglaterra, uma casa com 1 quarto custa acima de 750 libras (888€)! Ganho 1000! Como fez a tua mãe, com quem ficaste? Não sofreste também com o processo? Os meus filhos gostam muito quando fazemos alguma coisa todos juntos, quando vamos acampar, por exemplo...
Nunca mais os vê porquê? Só se não quiser não é? Fiquei com a minha mãe, certamente há sempre sofrimento, não me lembro disso, era pequena. Eles gostam de fazer coisas com os pais juntos mas se pereceberem que vocês estão infelizes também eles não vão aproveitar esses momentos. Se já a mandou embora várias vezes isso não é vida!
Obrigada Anuski pelo conselho, mas como faço isso? Ele já disse por várias vezes e a frente deles que nunca mais os vê, embora esteja sempre a dizer que se não estou contente que saia, que já me mandou embora várias vezes! Não sei se quer mesmo que vá!? Trabalho part-time, para levar e buscar as crianças à escola, sou sempre eu a tomar conta delas. O dinheiro que ganho não dá para uma casa. Vivo em Inglaterra, uma casa com 1 quarto custa acima de 750 libras (888€)! Ganho 1000! Como fez a tua mãe, com quem ficaste? Não sofreste também com o processo? Os meus filhos gostam muito quando fazemos alguma coisa todos juntos, quando vamos acampar, por exemplo...
Posso-lhe dar uma outra visão sobre viver numa casa onde os pais não estão separados mas também não há amor. Posso dizer que não fui mais feliz pelos meus pais não se terem separado. Eles eram como parceiros de casa, com algumas discussões pelo meio. Não havia amor, não havia cumplicidade ... aliás, muitas vezes ate havia "competição" sobre de quem eu gostava mais, se do pai ou da mãe.
É certo que um divórcio traz sofrimento, mas uma vida sem amor também o traz. Ao menos num divórcio, há a possibilidade que cada um poder encontrar alguém que o ame e haja um pouco de normalidade. Mas quando estão juntos mas infelizes, isso nunca irá acontecer.
Sem falar que uma criança aprende dos pais como é que é a vida e viver numa familia sem amor e com discussões, é aprender a achar uma vida em casal é assim, que um casamento é discussões. A principal escola de vida de uma criança é a família e os comportamentos que vai presenciar em casa, é o que o vai moldar para a vida.
Basicamente, com os seus filhos a viverem numa casa onde o pai constantemente manda a mãe embora e diz que não os quer ver mais, é aprenderem que é assim que se trata uma mulher e, muito possivelmente, será isso que vão fazer com a futura mulher.
Ou então ficarão traumatizados para o resto da vida, com a infelicidade constante da mãe e crueldade do pai.
Seja como for, viver uma casa sem amor traz tanto sofrimento como viver um com pais separados.
E sim, se o seu marido já a mandou embora muitas vezes, é porque ele não quer saber de si. Espero sinceramente que os seus filhos não tomem a sua atitude como normal e comecem eles também a tratá-la mal (sim, é muito possível os filhos começarem a imitar as atitudes do pai, caso vejam nele um exemplo de homem).