mães narcisistas

Mamãs, muita força, nem imagino o que passam...

Recentemente foi ouvi falar de um livro dedicado a esta situação, e dirigido exclusivamente às filhas de mães narcisistas:

https://www.amazon.com/Will-Ever-Good-Enough-Narcissistic/dp/1439129436

Quem sabe não ajuda um pouco...

A minha por exemplo sempre tratou os meus irmãos mais novos acima de mim. Mas quando se zanga com a minha irma agora da uma de mãe para cima de mim. Eu saí de casa assim que fiz 18 anos porque já não aguentava ter de conviver com ela... Traiu o meu pai montes de vezes... Trocou.o por outro e eu tive d ir atras porque ela levou o meu irmão de um ano com ela e eu tinha receio do que lhe podia acontecer. Quando se zangou com o namorado disseme k eu tinha de tomar conta do meu irmão ou ela matava.se em frente a ele (ele tinha um ano) e a culpa ia ser minha. Depois o meu pai perdoou e juntaram.se d novo. Um dia fui dar com ela a abanar o menino de tal forma que tive d intervir. Ela tentou baterme mas acertou na cabeça do miudo com o murro k era para mim. Ele nem 2 anos tinha ainda... Eu defendime e xeguei ao ponto de lhe apertar o pescoço ( descontroleime eh verdade mas foram 16 anos de abusos) e o meu pai mesmo assim deume razão l, enquanto ela lhe exigia k ele me pusesse na rua... Uma vez so porque lhe apeteceu mandou.me uma faca acima e quando eu lhe perguntei se estava maluca espancoume ao ponto de me deixar bastantes marcas nos olhos e boca... Hoje em dia eh filha isto, filha akilo, adorovos, tenho saudades, etc. Ela agora vive com o meu irmão de 10 anos e o namorado que eh violento mas k ela nao deixa e continua a ter amantes... So convivo com ela pk senão nao posso ver o meu irmão... Passou o natal sozinha com o namorado. Nos ( eu o namorido e o bebe) passamos no meu pai e na minha madrasta, com os meus irmãos e o meu cunhado. Ligoume a chorar pr causa d nao irmos para la... E agora não vem ao primeiro aniversario do meu filho pk eu ja lhe disse k nao kero k ela venha... Mas ela pensa k eh so pk a minha sogra tbm n vem. O namorado dela tbm n nos ker la, diz k nao ker ouvir seker o nosso nome.

Olá Tonica,

Compreendo o que estás a passar. Por muito que nos afastemos nunca conseguimos verdadeiramente esquecer, há sempre qualquer coisa que nos magoa, afinal é a nossa mãe.
Nos últimos tempos também tenho estado mais distante da minha pois começou com parvoíces do género de me desautorizar em frente ao meu filho agarrando nele e dizendo "na minha frente o meu neto pode fazer tudo, tu não ralhes com ele, é uma falta de respeito fazeres isso em frente á avó", enfim coisas de velha xéxé. Fui tendo paciência até há poucos dias onde ela desautorizou o pai, o pai respondeu-lhe torto e ela começou a chamá-lo de merd..s.
Para te dizer que estava a pensar convida-la para o meu casamento em Maio (coisa que ela ainda não sabe) mas já não o vou fazer, decidimos casar só nos os três (eu, pai e filho) pois agora tenho a certeza que ela iria estragar o dia. Magoa mas tens que ser forte e pensar que não é TU que estás errada, é ELA!

Bjs e força!

Obrigada pela vossa partilha, ajuda imenso saber que não estamos sozinhas. Revejo-me 100% nas vossas palavras. E deixo aqui tb o meu testemunho.
Também sou filha de uma mãe narcisista, e desde que me lembro sofri de violência física e psicologia constantemente por parte de ambos os meus pais assim como do meu irmão. Tive a sorte de ter uns avós maravilhosos, que me deram em parte, o amor que não tive dos meus pais.
Ha cerca de um ano, comecei a descobrir que a minha progenitora (mãe tem um significado diferente) me transformou num monstro aos olhos das outras pessoas. Dizia de mim cobras e lagartos, puras mentiras inventadas por ela. Ha medida que fui descobrindo isso e várias outras coisas horrorosas que fez, pedi ajuda profissional para tentar perceber o que estava a acontecer. E o que descobri, é que estive 35 anos iludida por um amor que não existe. Um amor que por mais que eu quisesse e me esforçasse nunca iria chegar. Além disso, sentia-me culpada por esta relação não funcionar e andava numa busca incessante para tentar resolver um problema que não tem solução. Talvez como forma de defesa, ia-me esquecendo constantemente das coisas horríveis que ela sempre me fez desde criança.
Sofri de extrema violência psicológica (e física tb) e ia como que apagando isso da minha memória, como se fosse "normal" ter acontecido. O meu progenitor, um machista extremo, não ajudou muito. O meu irmão é o seu menino de ouro, e faz tudo o que ela quer tb. Ambos muito dependentes dela monetariamente.
A única solução foi cortar relações e melhorou a minha vida imenso. Não existe outra forma. O processo e cura é longo, mas há um caminho a percorrer. Tenho pesquisado muito sobre o assunto e já fiz psicoterapia e terapia do trauma que ajudou imenso. Li, que também ajuda fazer psicanálise, porque ajuda a "tratar o subconsciente" (não sei se se poderá dizer assim), porque ele é responsável por muitos dos nossos comportamentos (por exemplo associados à falta de autoestima). E esse será o proximo passo. Não sei se se consegue esquecer o passado, porque ha coisas que deixam marcas muito fortes, mas há uma enorme esperança no futuro
Sou mae de uma princesa maravilhosa, e agora estando do outro lado, jamais conseguirei compreender o que me fizeram. Mas o que importante é daqui para a frente...esse é o caminho:)

Deixo aqui alguns links que gostei de ler:
http://superandoabuso.com/por-que-mulheres-narcisistas-se-tornam-maes/
http://observador.pt/especiais/psicopatas-domesticos-eles-estao-entre-no...
https://www.publico.pt/2014/09/14/mundo/noticia/narcisismo-personalidade...

Tonica tenho lido os teus posts. E pelo que percebo tens tido varias aproximações e afastamentos. Eu fiz isso anos a fio e não conseguia sair desse ciclo vicioso. Desde que fui viver sozinha aos 24, o processo foi sempre o mesmo. afastava-me pq nao aguentava e depois lá vinha ela fazer chantagem psicológica "que estava doente já nao sabia qto tempo ia durar" ou "mae é mae e que me adorava". Se não resultasse metia o meu pai ao barulho, e fingia estar doente. Ia a uma urgencia e depois o meu pai ligava-me a dizer que ela estava no hospital mto mal e lá ia eu. Chegou a simular doenças gravissimas, e a estar internada nos cuidados intensivos do IPO , porque para as simular deixou de comer, e afinal nao tinha nada.
Isto durou 11 anos dde que sai de casa.
Qd pedi ajuda a um psiquiatra, ele explicou-me que o amor que eu procuro na minha mae não existe, embora eu quissesse mto. Tb me disse que ela nunca ia mudar e que quando a relacao é disfuncional neste grau só ha uma solucao que é cortar relações. Os pais podem ter tendencia a desculpa-las, mas a verdade é que se pode ter uma relacao com p pai sem ter com a mãe . Vejo que sofres mto, eu eu tb passei por vários processos de aproximação e afastamento. E posso dizer-te que nao ha melhor coisa do que a distância . Estas pessoas nao mudam. Fazem o papel de vitimas para nos manipularem e nao porque gostem de nós . manipulam-nos qd precisam de ajuda e deitam-nos fora qd ja nao precisam. E às vezes sem querer, estamos a afectar a nossa relação com o marido, filhos e amigos, tanta é a dor que nos provoca. Consumindo-nos o dia todo a pensar nisso, numa solução, num porquê...enfim numa coisa que nunca vai ter saida.
Eu nao me aprecebia disso, ate que um dia o psiquitra me perguntou "entao e isto tudo nao afecta o seu casamento"? Eu na altura achava que nao, mas afectava muito. Só depois de me afastar, me fui apercebendo que durante estes anos todos, para tentar ter uma relação com a minha mãe, prejudiquei quase num grau irreparável o meu casamneto e os meus amigos. E teria também prejudicado a minha filha, se não me afastasse antes de ela nascer. Porque para estarmos bem com os nossos filhos precisamos tb de estar bem com nós mesmas.

Mamãs, vale a pena ler este artigo que saiu hoje...

http://www.dailymail.co.uk/femail/article-4262328/ANGELA-LEVIN-mother-cr...

Obrigada pelo artigo kat já li. Também é mto interessante a página (myhorridparent.com) que vem referida no artigo.
Tonica vou enviar-te msg privada. Essas 24h a pensar nessa pessoa de que falaste era o que me acontecia, sempre à procura de uma justificação e de uma solução. Mas não há nem uma nem outra. E esse pensamento consome muito...desgasta...e faz com que não tenhas tempo de qualidade para ti e com os outros de quem gostas. E pode levar-te a ficares doente.
Identifico-me com uma das coisas que escreveste, que é não saber se é a atitude certa. Foi o meu grande dilema sempre, antes de dar o passo de cortar relações. Agora olhando para trás isso aconteceu por vários motivos:
- primeiro pq eu própria não queria acreditar que era verdade e não queria aceitar ter uma mãe assim. pq todos nós precisamos de uma mãe e de um pai, que são em teoria as pessoas que mais nos deviam amar. e como não aceitava, procurava soluções. mas todas as minhas tentativas foram em vão, anos e anos a fio.
- depois pq estas pessoas são como um lobo em pele de cordeiro, que nos vão dando doces ao mesmo tempo que espetam uma faca nas costas. e andam neste jogo manipulador constantemente e isso cria dúvidas devido à nossa baixa auto-estima
- depois pq perante a sociedade e o resto da família se fazem de santas. e todas as pessoas se viram contra nós como se fossemos as más da fita, porque não fazem a minima ideia do qto más são, nem de que inventam mil mentiras para nos fazer passar por loucas e ingratas.
Quando andamos nessa fase é difícil ver com clareza, porque temos que ir contra algo que queremos muito....uma mãe (mas que não existe). Mas depois, qd se dá o passo de cortar a relação, elas ficam mto piores e revelam ainda mais aquilo que são. Depois disso descobri mto mais coisas que nem queria acreditar serem possíveis ela ter feito. Então ai tudo fica mais claro, e com o tempo vais sabendo que tomaste a decisão certa. A vida vai ficando com mais cor...cada vez melhor. As relações com marido e amigos tb.
A unica coisa que mudaria era ter tomado esta decisão há muito mais tempo!!!! Agora sim sei o que é viver e ser feliz..mas longe..o mais longe possível dela.

Eu sou da mesma geração filha de mãe e outros familiares tóxicos.
Questiono se não será fruto de toda a contenção vivida no outro regime+ Mentalidade fechada+ soma de frustrações e invejas vividas na infáncia desta gente tóxica+ mentalidade machista
Pergunto se a geração futura serà pior?
No entanto, não sou toxica por isso não deve ser genético
O importante é não reproduzir o mesmo no nosso lar
E arranjar meios de ganharmos confiança em nós e mudarmos positivamente o nosso espaço

Eu sou da mesma geração filha de mãe e outros familiares tóxicos.
Questiono se não será fruto de toda a contenção vivida no outro regime+ Mentalidade fechada+ soma de frustrações e invejas vividas na infáncia desta gente tóxica.
Pergunto se a geração futura serà pior?
No entanto, não sou toxica por isso não deve ser genético
O importante é não reproduzir o mesmo no nosso lar
E arranjar meios de ganharmos confiança em nós e mudarmos positivamente o nosso espaço

Olá, estou um pouco na mesma situação que tu. Fui criada pelos meus avós até aos 10 anos, depois a minha mãe quis que fosse viver com ela. Foi muito mau... Ela sempre teve uma personalidade Jrammuito complicada... Chamava me nomes, gritava comigo, não me dava atenção, fez me sentir um lixo. Durante a adolescência fui muito revoltada e davamo-nos muito mal. O meu irmão mais velho sempre foi o menino de ouro, mesmo eu tendo começado a trabalhar mais nova, por exemplo, sempre foi ele que se fez a vida lol O meu pai vivia na mesma casa que nós mas era como se não existisse, não queria saber de nada, desde que não o chateassem e quando eu tinha 12 anos foi trabalhar para fora e só vem de vez em quando.
Hoje a nossa relação melhorou mas ainda chocamos muito uma com a outra. Sinto que ela quer que eu faça parte da vida dela mas agora tenho um bebé e ela está sempre a querer mandar na educação que lhe dou, no que lhe visto ou no que lhe dou de comer. Já deixei claro que eu é que sou a mãe. É um pouco difícil aceitar que depois de tudo ela ainda queira ter opinião na educação do meu menino.

Tive sempre alguma relutância em escrever neste tópico mas penso que me enquadro nesta situação. Contudo, acho que o grau de narcisismo da minha mãe não é tão expressivo com a maioria dos casos que li por aqui. Mas sinto mesmo muita dificuldade em me relacionar com ela...periodicamente temos os nossos choques. A verdade é que sempre me senti pouco valorizada por ela. A questão de frisar o quão difícil eu era em criança/adolescente quando objectivamente acho que tem pouco com que se queixar. Sempre fui obediente, boa aluna, aos 24 anos comecei a trabalhar e no ano seguinte saí de casa. Estou casada desde então, tenho um filho e outro a caminho. E no entanto tudo o que faço é diminuído, ou porque já foi feito por ela ou se não foi é porque não teve as condições para o fazer na altura (caso contrário também teria feito!). O exagerar de situações. Coisas banais que a qualquer pessoa passaria despercebida é motivo para fazer um pé de vento. Qualquer coisa que faça por mim vem sempre com "factura" pouco tempo depois...enfim. A incapacidade de admitir erros, de pedir desculpa.
O meu pai, por mais que o adore, nunca vou conseguir compreender como é que nunca lhe fez frente, como é que a pôs sempre à frente dos filhos mesmo sabendo que ela estava a ser injusta.
Isto deixa-me tudo com um nó na garganta.

Depois de ler os vossos tópicos decidi também eu escrever aqui...
Já tinha encontrado alguma informação sobre mães narcisistas e até a partilhei com a minha irmã e logo concordamos que a nossa mãe é assim...
O problema é que nós as 2 nunca prestamos pois o nosso irmão mais velho que morreu porque nasceu com deficiência foi um anjo para ela.
A infância dela não foi das melhores e ela sempre disse que se ela nos fizesse o que a mãe dela (nossa avó) lhe tinha feito aí veríamos o que era a vida...
Que se estudámos foi porque ela deixou e outras coisas mais que não vale a pena.
Quando comecei a namorar foi o inferno já o era mas piorou muito mesmo...Que ele era mau e que bem feita para mim pois ele me iria bater no futuro e deixar-me sem nada...que só andava comigo pelas coisas que tinha pois ele não tinha onde cair morto...
Já me ameaçou com facas tinha praí uns 7/8 anos por durante a missa estar sempre a baloiçar os pés no banco
Todas as ofertas típicas que trazia da escola pelas datas festivas foram queimadas mesmo à minha frente num acesso de loucura "estava a encher-lhe a casa de lixo"
À minha irmã (ela devia ter uns 4 anos) pegou-lhe pela cabeça e atirou-a para a cadeira porque não queria comer sopa, etc etc
Sempre fui incapaz e nunca ninguém iria gostar de mim...
Nunca a vi feliz ou exteriorizar isso pelas metas que atingi na vida...
Agora casei mas vivo na mesma rua...moro numa aldeia minúscula cheia de gente pré formatada mas onde vejo muitas mães que basta as filhas delas "fazerem um cócózito" Meu Deus toda a gente sabe e são deuses naquela terra.
E eu? e a minha irmã? conquistamos tanto na vida mas ninguém sabe de nada porque a nossa mãe "não sou de me orgulhar com nada porque orgulho é um sentimento nojento"lol
O problema é que não consegui ainda cortar com aquela ligação de obrigação para com ela e isto está a afetar imenso o meu casamento...mas é tão difícil

tonica escreveu:

Boa tarde a todas, alguma de voces me sabe orientar de como explicar a uma criança ou não a situação dos avos narcisistas ?
Os unicos avos da minha filha infelizmente são esses (os outros faleceram) e ela nem os conhece(viram na ha um ano e meio ) porque desde que se afastaram tambem nao procurarm mais a neta .
sinceramente a palavra avó nem faz parte do vocabulário dela porque não tem avós, e nao sei como lidar com isso, ela ainda é muito bebe tem 2 anos e meio e não entende, mas a sociedade hoje em dia força a que tenhamos de ter uma familia ideal...
esta a chegar o dia dos avos e na escolinha tal como no dia do pai e da mãe fazem trabalhinhos eu sinto que tenho de encontrar uma forma de explicar quem são os avos para a menina, mas também não sei como...se não querem saber dela p nada.

Explica muito simplesmente que os avós são os pais do pai e os pais da mãe. Tal como ela tem um pai e uma mãe, também eles têm. Quanto ao facto de não os conhecer, ou ver, diz apenas que moram longe. Ponto.

Videl86 escreveu:

Xana, isso é horrível. Na minha opinião a tua mãe, além de ser narcisista, tem um problema mais grave também. A mãe da minha melhor amiga é desse género. Não vou estar a partilhar para não expor (porque não foi comigo), mas é esse tipo de loucura que referes mesmo
Digo-te, eu até hoje vivo com coisas que a minha mãe me fez que não sei como resolver. E não me refiro a marcas emocionais mas sim a danos concretos...por exemplo, quando eu tinha 20 anos ela conseguiu convencer-me (basicamente ela coagiu-me) a fazer um empréstimo habitação para ela, encurralou-me mesmo na rua e fez-me assinar uma procuração para poder tratar de tudo por mim. Eu podia ter dito que não? Podia. Mas eu tinha 20 anos, estava implícito na conversa dela que se eu dissesse que não a nossa relação terminava, eu senti-me obrigada a fazê-lo e fiz. Como me arrependo. Atualmente tenho 30 anos e não posso comprar uma casa para mim. Qualquer empréstimo que tente pedir ao banco é negado porque consideram a taxa de esforço muito elevada (porque acham que sou eu que pago a casa dela, mas é ela). Não posso vender a casa porque tem usufruto dela. E o pior de tudo? O empréstimo foi a 50 anos, só passaram 10 e durante estes 10 anos ela não pagou um cêntimo do empréstimo em si, apenas juros...se ela morrer hoje, eu tenho uma dívida gigante para pagar numa casa que eu não quero (e não posso vender e quitar a dívida porque ela teve a proeza de pedir um empréstimo cerca de 25.000 euros acima do valor da casa). Tenho a minha vida toda empatada graças a um egoísmo dela. Isto é só um exemplo. O resto eu tento esquecer e apagar porque me dói tanto. Quando os meus pais se divorciaram ela disse-me que a culpa era toda minha. Depois um dia abraçou-se ao meu irmão, quando eu lhe disse que ia viver com o meu pai, e enquanto o meu irmão chorava ela dizia "A culpa é toda da tua irmã, a tua irmã é que fez isto tudo, separou a nossa família.". Isto para não falar de todas as vezes em que ela me acusou de destruir a vida dela e a tentar levar à falência (por coisas tipo...pedir um ice tea ao jantar, em vez de pedir água). E toda a porrada que levei. Que não se justifica de todo. Ela só parava quando me via sangrar. Eu não toco no meu filho para o agredir, nem uma palmada sequer, só se me descontrolar completamente é que um dia o farei. Há outras formas de educar uma criança, ninguém merece estar constantemente em pânico que a sua integridade física vá ser ameaçada. Ninguém merece sentir-se humilhada dentro da própria casa. Ela está muito melhor fora da minha vida, nunca vou esquecer e nunca vou perdoar. Provavelmente não é saudável, mas não consigo. Se ao menos ela se arrependesse! Mas não. Uma vez tive uma conversa (foi das últimas) com ela sobre a minha infância em que tentei fazer com que ela se arrependesse de algumas coisas, e ela manteve sempre que foi ótima mãe e tudo o que fez foi necessário, que eu sempre tive problemas e sempre fui uma criança com problemas, que era desequilibrada. Disse isto tantas vezes que eu lhe perguntei "se eu era assim tão problemática e desequilibrada, porque é que nunca me levaste a um psicólogo ou psiquiatra?" e ela respondeu "Pois realmente, esse foi o meu único erro na tua infância, não te ter levado a um psiquiatra.".

Olá Videl obrigada, obrigada e obrigada. Pelos links, pela leveza com que falas neste assunto, pelos teus testemunhos. Arrepiei-me ao ler este comentário do empréstimo bancário pq acontece exatamente a mesma coisa á minha irmã. Tem a vida dela toda empancada por causa do egoísmo da minha mãe a diferença é que eu já dei um basta mas a minha irmã não consegue. A minha irmã sempre foi e é a filha perfeita e o exemplo e eu a ovelha negra que NUNCA fazia nada bem e só vim ao mundo para lhe dar desgostos. Cresci a ser me exigido ser igual á minha irmã, pq a minha irmã era maravilhosa em tudo e eu não lhe chegava aos calcanhares!!!
A sorte é que eu e a minha irmã temos uma relação maravilhosa desde sempre e nem mesmo tudo o que eu passei alterou nada entre nós as duas... Ambas sabemos os pais que temos...
O meu pai as vezes penso que deve ter sido enfeitiçado ou algo do gênero :p é um doce de pai, um excelente pai mas idólatra a minha mãe... Ela pode fazer a pior coisa do mundo que ele vai apoia-la sempre!!!
Em relação á minha mãe, nós nunca nos demos bem mas desde que a minha filha nasceu tudo piorou muito...
Quando era só cmg eu ainda aguentava, mais até pelo meu pai, mas quando passou a envolver a minha filha não aguentei...
Desautorizava me sempre, fazia me sentir que era uma mãe de merda, desculpem a expressão e tentava de tudo para me humilhar e ficava doente, sim doente, por não conseguir que a minha filha gostasse mais dela do que de mim (obvio).
É completamente obcecada pela minha filha mas atua como mãe dela e não como avó. Eu passei a ser apenas a pessoa que transporta a neta... Até deixou de me cumprimentar. Quando me divórciei nem uma palavra teve cmg a perguntar como é que eu estava... A única coisa que queria saber era o que eu ia fazer em relação á minha filha... Achava que eu ia precisar mais dela do que nunca e os abusos passaram de nivel, para pior!!!
Tive mesmo de cortar relações para o bem da minha filha. Mas sou mal vista por toda a gente, pq afinal de contas ela é a melhor avó do mundo que ama a neta acima de tudo!!!
No entanto, mesmo amando assim tanto como diz a minha filha não é capaz de ceder e aceitar que as regras quem as dita sou eu, e continua a fazer me frente a dizer me que ela é que manda e que eu não não presto e prefere não ver a neta e não ter contacto cmg do que ceder...
Para as restantes pessoas anda a chorar pelos cantos pq eu lhe "tirei" a menina...
Enfim é muito difícil...

A minha irmã casou recentemente e coitada... Tem a vida num inferno mas ela ainda não conseguiu, por mais que tente, cortar relações pq a minha mãe faz se de vítima, até já arranjou uma "depressão" para chantagear a minha irmã e o meu pai até está revoltado com as filhas pq não temos pena da nossa mãe e cada vez lhe ligamos menos... Haaa e claro a culpa da depressão é minha pq a afastei da neta, e faz pressão á minha irmã para depois a minha irmã me pressionar e deixar ir para lá a menina pq ela está mesmo muito mal... Contudo nem um telefonema me faz, nem para falar com a neta, pq jamais vais baixar a cabeça perante uma filha "era o que mais faltava" palavras dela... Pedir desculpa acho nunca na vida o fez o com ninguém. É a pessoa mais orgulhosa que já conheci na minha vida... Um orgulho levado ao extremo que é quase impossível de perceber como é possível.
É tão bom saber que não sou uma pessima pessoa e filha e ingrata como me chamam por cortar o cortao umbilical... Afinal há mais casos como o meu!!!

Em 34 anos a minha mãe sempre ficou por cima. Eu zangava me, enervava me, gritava, chorava e ela sempre com aquele ar de indiferença não havia forma de a fazer entender o que lhe queria trasmitir... Sempre de uma frieza brutal e um ar de superioridade... Na última discussão que tivemos por causa dos comportamentos dela com a minha filha consegui finalmente atingi-la... Não me devia orgulhar disso mas confesso que me soube bem pelo menos uma vez na vida faze la abanar, disse-lhe "posso até ser uma porcaria em tudo na vida, mas de uma coisa tenho a certeza, jamais serei uma porcaria de mãe como tu foste. Obrigada pela mãe que foste para mim pq me mostraste com muito mérito quem eu NUNCA serei para a minha filha" ela não segurou a lágrimas (pela primeira vez vi um sentimento nela) e nesse dia virei uma página na minha vida e ela passou a ser indiferente para mim... Não me aquece nem me arrefece!!! Acho que era isso que me faltava para conseguir fechar o ciclo... Ser mais forte do que ela pelo menos uma vez na vida!!!

AnitaBraga escreveu:

Em 34 anos a minha mãe sempre ficou por cima. Eu zangava me, enervava me, gritava, chorava e ela sempre com aquele ar de indiferença não havia forma de a fazer entender o que lhe queria trasmitir... Sempre de uma frieza brutal e um ar de superioridade... Na última discussão que tivemos por causa dos comportamentos dela com a minha filha consegui finalmente atingi-la... Não me devia orgulhar disso mas confesso que me soube bem pelo menos uma vez na vida faze la abanar, disse-lhe "posso até ser uma porcaria em tudo na vida, mas de uma coisa tenho a certeza, jamais serei uma porcaria de mãe como tu foste. Obrigada pela mãe que foste para mim pq me mostraste com muito mérito quem eu NUNCA serei para a minha filha" ela não segurou a lágrimas (pela primeira vez vi um sentimento nela) e nesse dia virei uma página na minha vida e ela passou a ser indiferente para mim... Não me aquece nem me arrefece!!! Acho que era isso que me faltava para conseguir fechar o ciclo... Ser mais forte do que ela pelo menos uma vez na vida!!!

Anita, eu compreendo a dor. Eu também já disse isso muitas vezes (não a ela porque com ela não falo), que o que aprendi da minha mãe me foi muito útil para eu saber o que eu nunca farei com os meus filhos. Aliás, sempre que tenho dúvidas penso no que a minha mãe faria e tento fazer o oposto a única solução é mesmo cortar relações definitivamente. Eu até fico grata que ela não tenho nunca querido conhecer os meus filhos porque acho melhor assim, ela não ia ser uma boa influência na vida deles, de todo. Força.

O meu filho nunca me perguntou nada...acho que ele acha que a minha avó é a minha mãe. Mas quando tiver idade explico a verdade.

Olá Tonica,
Cortei relações com a minha "progenitora" há cerca de 5 anos! Mas devia de o ter feito, há muitos mais anos atrás. Cresci numa familia completamente disfuncional, e a estória da minha infância é muito dificil de relatar junto dos meus filhos e marido, praticamente ninguém sabe nada ou muito pouco, não tenho intenção de lhes esconder nada, só os quero poupar, aos meus filhos porque são muito pequenos e porque só conhecem ainda o amor, e ao meu marido que cresceu numa familia normal. Simplesmente não tenho palavras, para descrever todo o tipo de abusos que sofri, nas mãos da pessoa que mais devia de me amar e proteger! Nunca me orientou ou dei bons conselhos, nunca me deu bons exemplos. Explorou-me a todos os niveis. Ela destruiu a minha vida, os meus sonhos, a minha infancia, aquela pessoa que eu era...com tantos sonhos.
Tenho 2 filhos, um com 5 anos e outro com 9. O de 5 nunca a viu, o de 9 lembra-se ligeiramente. Quando tinha cerca de 7 anos perguntava-me frequêntemente o porquê nós não a vermos, no inicio disse-lhe que foi morar para longe, mas essa resposta não o satisfazia, e voltava a perguntar, mas e porque não lhe telefonamos? Aos poucos, senti que não podia continuar a inventar desculpas.
Um dia disse-lhe que precisava de ter uma conversa séria com ele. Olhos nos olhos, disse-lhe que a avó, não queria vir a nossa casa e que era mais feliz longe de nós! Disse-lhe também que temos de respeitar a vontade das pessoas, e que só devemos dar valor às pessoas que gostam de nós! Disse-lhe que quem não cuida de nós nem nos ama, mais vale ficar longe! Tive medo desta conversa...mas olha, foi a melhor coisa que fiz. Ele percebeu, e nunca mais perguntou nada. À medida que vai crescendo, vou falando um pouquinho mais, mas mesmo quando for adulto, acho que nunca lhe vou contar em absoluto o que passei.
O mais pequeno, como nunca a viu, nem pergunta por ela, nem coloca nenhum tipo de questão.

Olá a todas, partilho uma reportagem sobre este assunto que é comum a todas as meninas que aqui relataram as suas experiênicas com "mães" abusadoras.
Finalmente nós estamos a perder o medo, visto este assunto ainda ser tabu...e estamos a começar a falar!
Não é verdade que todas as mães amam os filhos incondicionalmente, e as pessoas têm de saber isso!
Aqui fica o link para quem quiser lêr:

https://observador.pt/especiais/porque-e-que-ha-maes-que-nao-gostam-dos-...

Abraço a todas

tonica escreveu:

Boa noite meninas, escrevo novas. Muito resumido há 2 anos de não contacto com pais, sinceramente a minha vida melhorou bastante mas entretanto apareceram me de surpresa a fazerem se de vítimas mas o objetivo foi achincalhar me.. O que noto é que estou em alerta constante sempre com medo que me apareçam e do julgamento distorcido. Estou a chegar ao ponto de ter medo de frequentar ou visitar o que quer que seja para não os ver. Sinto que preciso de um bom psicólogo que me dê ferramentas para seguir em frente sem fobias ou ansiedades relativamente a encontros etc. Preciso das vossas sugestões com bons profissionais caso tenham feito psicoterapia.

Onde reside?

guialmi escreveu:

tonica escreveu:Boa noite meninas, escrevo novas. Muito resumido há 2 anos de não cont LPacto com pais, sinceramente a minha vida melhorou bastante mas entretanto apareceram me de surpresa a fazerem se de vítimas mas o objetivo foi achincalhar me.. O que noto é que estou em alerta constante sempre com medo que me apareçam e do julgamento distorcido. Estou a chegar ao ponto de ter medo de frequentar ou visitar o que quer que seja para não os ver. Sinto que preciso de um bom psicólogo que me dê ferramentas para seguir em frente sem fobias ou ansiedades relativamente a encontros etc. Preciso das vossas sugestões com bons profissionais caso tenham feito psicoterapia.

Onde reside?

Procure um que faça terapia cognitiva comportamental!