O ano passado, em setembro, descobri que tinha feito um aborto retido às 11 semanas e 6 dias. Tinha engravidado espontaneamente depois de um diagnostico de obstrução total das trompas e um processo de FIV com 4 transferencias todas negativas.
Este ano engravidei novamente em fevereiro mas às 5 semanas abortei espontaneamente e nas urgências nem conseguiram ver nada.
Engravidei novamente no mesmo ciclo tendo descoberto hoje que a gravidez foi não evolutiva e que o saco gestacional estava vazio.
Aconselharam-me a fazer teste de sangue na Igenomix para perceber as causas mas a minha ginecologista acha que será uma perda de dinheiro uma vez que não se vê embrião e que a gestação ainda era bastante inicial (7 semanas).
Alguém já fez alguma analise através deste laboratório?
Alguém já passou por três perdas seguidas?
Estou sem saber o que fazer.
O ano passado quando engravidei espontaneamente estava-me a preparar para fazer novo tratamento de fertilidade mas com análise genética aos embriões...agora nem sei se valerá a pena.
Olá Mariana,
Antes de mais lamento imenso a sua situação.
Passei por um processo de aborto uma vez e abalou-me imenso psicologicamente (mil vezes mais do que fisicamente), por isso um abraço muito apertado e desejar-lhe que num futuro corra tudo pelo melhor.
Já fez análises, por exemplo, às trombofilias ?
Eu falei com a minha médica a seguir à minha perda e disse que não queria passar pelo mesmo novamente se conseguisse evitar e então gostaria de fazer exames simples. Dado que era minha vontade, ela recomendou fazer as análises que supracitei (incluindo cariotipo, corpo anti lupico e afins...) e veio positivo para duas. Segundo a minha médica e um hematologista que também consultei, são trombofilias comuns e nem precisava de fazer nada segundo eles, contudo não foi do meu agrado e manifestei que preferia que as tratassem como trombofilias "a sério". Assim foi, faço tromalyt e lovenox injetavel e, felizmente, para já tem corrido tudo bem, estou grávida de 20 semanas.
Insista com os profissionais que a acompanham, após a 3a perda tem direito a fazer estudo pelo SNS.
Desejo mesmo, de coração, que consiga um colo cheio em breve ❤️ um beijinho grande!
No caso que relata de perda às 5 semanas, possivelmente será mais considerado gravidez química e não aborto (clinicamente falando). Sei que é duro de igual forma, infelizmente...
Relativamente a coisas a fazer... exames a trombofilias, eventualmente histeroscopia, e até espermograma de fragmentação de DNA. Se voltar a tratamentos, já será elegível para fazer biópsia de embriões, se assim o desejarem (embora, infelizmente, não seja uma cura milagrosa, apenas evita que se transfiram embriões com problemas de cromossomas, que resultariam em falhas de implantação ou em aborto)
HSJ | FIV + PGT-M | 1ª consulta: mai/21
Jan/23: Clinica AB, 12óvulos, 7mad, 4fec, 3biopsia, 1saudável // TEC(-) out/23
Jan/24: HSJ, 6ov, 6mad, 6fec, 1bio, 1sau // TEC(-) abr/24
Fev/24: 1º ciclo natural // grav. quimica | Mai/24: 3º ciclo natural (+)
Desculpem mas preciso de conselho e de desabafar também.
Portanto dia 29 de abril a minha ginecologista disse que a minha gravidez seria anembrionaria, para parar de fazer a progesterone e se quisesse no sábado para ir ter com ela para ela me dar comprimidos se necessário. No sábado dia 5 mandei-lhe mensagem a dizer que não tinha tido perda alguma até ali e a resposta foi que era natural que deveria esperar. Hoje dia 10 mandei-lhe outra mensagem pois não tive nenhum sangramento e ainda tenho alguma tensão mamaria…respondeu-me só que deveria ir às urgências… estou confusa e revoltada.
Alguém que tenha passado por um processo semelhante? O ano passado quando tive a primeira perda fiz um aborto retido mas até à última eco estava tudo bem com o embrião, no mês passado nem vi o saco, foi só mesmo pelos valores do beta que percebemos que estava grávida e depois a perder e agora não sei que pensar